Fabiano Teixeira (PMDB) é
suspeito de fraudar o patrimônio público.
Ainda são cumpridas outras 4
ordens de prisão e 17 de busca e apreensão
Enrique Alves, Michel temer e Fabiano Teixeira |
O prefeito da cidade de Serrina,
Fabiano Teixeira de Souza (PMDB), foi preso na manhã desta terça-feira (13)
durante uma operação coordenada pelo Ministério Público do Estado. A suspeita é
de fraudes ao patrimônio público. Por ter foro privilegiado, o mandado foi
expedido a pedido da Procuradoria Geral de Justiça. Outros quatro mandados,
expedidos a pedido da Comarca de Santo Antônio, também estão sendo cumpridos
juntamente com 17 ordens de busca e apreensão. Serrinha fica a 90 quilômetros
de Natal.
Segundo o MP, a operação Mal
Secreto tem por objetivo desarticular um "esquema de desvio e subtração de
recursos públicos instalado na Prefeitura de Serrinha". Foram expedidos
mandados de prisão contra o prefeito Fabiano Teixeira e mais 4 pessoas. A
prisão do prefeito foi decretada por ordem do desembargador Cornélio Alves, do
Tribunal de Justiça do RN.
Ainda de acordo com o MP, são
investigados crimes de "peculato, falsificação de documento público,
lavagem de dinheiro e organização criminosa, entre outros". Em nota, o MP
diz que "estão documentados desvios de mais de R$ 2 milhões podendo
aumentar, pois contratos e pagamentos investigados chegam a R$
9.582.491,97".
Além do prefeito, foram
decretadas as prisões preventivas de Ewerton Luiz dos Santos Sobrinho, José
Olímpio Paiva Arruda, Gilvan Alves de Lima e Silvio Leônidas Batista de Moura,
por ordem do Juiz em exercício na Comarca de Santo Antônio, Rafael Barros Tomaz
do Nascimento, com fundamento na garantia da ordem pública e conveniência da
instrução criminal.
Na nota, o MP diz que no curso
das investigações, "apurou-se que o prefeito de Serrinha simulou a
contratação de diversas empresas, mediante montagem de inúmeros procedimentos
de dispensa de licitação, com a finalidade de legitimar o desvio de recursos
públicos dos cofres municipais".
"As microfilmagens dos
cheques e informações obtidas junto à instituição financeira (Banco do Brasil)
indicam que os cheques originais foram emitidos nominalmente a pessoas
estranhas à suposta relação contratual, incluindo servidores da prefeitura,
parentes e pessoas físicas e jurídicas ligadas ao prefeito, enquanto as cópias
eram preenchidas e inseridas nos processos de pagamento como se os cheques
tivessem por beneficiárias as empresas supostamente contratadas", diz a nota.
O esquema montado dentro da
Prefeitura de Serrinha, ainda segundo o MP, tinha o comando do prefeito e
"tinha a finalidade de pagar despesas pessoais do chefe do Executivo
municipal, incluindo gastos de campanha e dívidas com agiotas, o que era instrumentalizado
através do fornecimento de notas fiscais 'frias'".
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário