“Pelo visual, podemos afirmar que pelo menos cinco presos
foram mortos. Deu pra ver as cabeças arrancadas”, afirmou Zemilton Silva,
coordenador de administração penitenciária do Rio Grande do Norte sobre a
rebelião que acontece na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior presídio do
estado. Na tarde deste sábado (14), detentos do Pavilhão 1 invadiram o Pavilhão
5.
O major Eduardo Franco, da comunicação da Polícia Militar do
Rio Grande do Norte, disse que o motim começou por volta das 16h30 (de Natal) e
houve invasão de presos do pavilhão 1 no pavilhão 5, onde estão internos de uma
facção criminosa rival. Ainda não há confirmação de fuga. Alcaçuz é o maior
presídio do estado.
Zemilton Silva disse ainda não saber se os presos dos outros
pavilhões também se rebelaram. O chamado pavilhão 5 é o presídio Rogério
Coutinho Madruga, que fica anexo à Alcaçuz, em Nísia Floresta. Há separação
entre presos de facções criminosas entre esses dois presídios. A penitenciária
de Alcaçuz tem cerca de 1150 presos e capacidade para 620 detentos, segundo a
Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc).
Policiais militares e agentes penitenciários vão esperar o
dia amanhecer para entrar nos pavilhões de Alcaçuz. A área externa do presídio
já está sob o controle das autoridades, segundo a Polícia Militar. As saídas
foram bloqueadas e o Corpo de Bombeiros está fazendo barricadas no local.
O secretário da Sejuc, Wallber Virgolino, disse que a
determinação é retomar o controle. “A ordem já foi dada: retomar o controle de
Alcaçuz e evitar rebeliões em outras unidades”, afirmou. Para isso, Virgolino
acrescentou que também mandou chamar todos os agentes penitenciários que estão
de folga. “Quero a nossa capacidade máxima atuando”, destacou. O estado possui
cerca de 800 agentes penitenciários.
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